Com 66 anos, o multicampeão e estrela da categoria peso pesado, morre de doença crônica do boxe.
José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, nascido em Aracaju, Sergipe, no ano de 1958 e conseguiu o apelido pela semelhança ao porte físico do personagem Magilla Gorilla, da Hanna-Barbera.
Antes de se tornar boxeador, Maguila teve uma vida difícil. Migrou ainda jovem do Nordeste para a capital paulista e enfrentou dificuldades financeiras, tendo trabalhado desde cedo na construção civil como pedreiro. Treinava boxe nas horas livres, de maneira improvisada, usado pneus velhos como equipamento de treino. Começou a treinar boxe aos 20 anos e rapidamente se destacou pela sua potência e técnica.
Vida pessoal e carreira
Apesar das dificuldades, desenvolveu-se e teve suas qualidades como pugilista reconhecidas pelo empresario e locutor de esportes Luciano do Valle tornando-se dos maiores pugilistas brasileiros de todos os tempos e um símbolo nacional do boxe, conquistando o coração dos brasileiros com sua força, carisma e determinação.
Alem do pugilismo, o lutador também Lançou um álbum de samba intitulado “Vida de Campeão” e criou a ONG, Amanhã Melhor, que ensina boxe para crianças carentes. Foi, alem disso, candidato a Deputado Federal, na eleição de 2010, mas nao conseguiu eleger-se.
Titulos
Maguila Conquistou diversos títulos, incluindo os de campeão brasileiro, sul-americano e mundial (pela Federação Mundial de Boxe Profissional) e enfrentou grandes nomes do boxe mundial, como George Foreman e Evander Holyfield. Deixou um legado de superação e determinação, inspirando diversas gerações de atletas.
Morte
Em 2010, foi diagnosticado equivocadamente com mal de Alzheimer. Alguns anos mais tarde, o ex-lutador ficou internado por dois anos, após reavaliação e o diagnóstico definitivo de encefalopatia traumática crônica (ETC), conhecida como “demência pugilística“, doença neurodegenerativa progressiva que causa declínio cognitivo, alterações de comportamento e problemas de memória através de destruição dos neurônios, ocasionada por repetitivos golpes na cabeça.
Teve a morte confirmada pela esposa, Irani pinheiro, na tarde desta quinta-feira, 24 de outubro, em uma casa de repouso da cidade de Itú, no interior de São Paulo.
